quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Quando você pode sacar o FGTS - e por que o resgate compensa

Conheça as situações em que as pessoas têm direito ao resgate dos recursos e por que sempre vale a pena fazer o saque integral, quando possível.

Carteira de Trabalho sobre anúncios de empregos
Carteira de trabalho: FGTS pode ser sacado em caso de demissão sem justa causa, compra de imóvel, entre outras condições.

São Paulo – Há poucas situações em que se pode sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O fundo serve como uma espécie de seguro para quem  é demitido sem justa causa ou que passa por situações difíceis.
Por outro lado, sua rentabilidade de 3% ao ano mais Taxa Referencial (TR) é tão baixa que a perda do poder de compra desse dinheiro frente à inflação tem sido inevitável.
Em função disso, cabe questionar: vale a pena resgatar os recursos do FGTS integralmente sempre que possível? Em que casos?
Especialistas são unânimes: sim, se você puder, resgate
Com uma rentabilidade tão baixa, o FGTS perde até da inflação. De setembro de 2012 a agosto de 2013, a inflação oficial (IPCA) foi de 6,98%. Já o FGTS rendeu 3% mais uma TR acumulada de 0,0209% no período, metade da inflação.
É menos que a mais tradicional e conservadora das aplicações financeiras do Brasil, a caderneta de poupança, que recentemente voltou a render 0,50% ao mês mais TR, o que totaliza, pelo menos, 6,17% ao ano.
“Do ponto de vista financeiro sempre é vantagem resgatar, porque na caderneta de poupança, com risco idêntico, a rentabilidade já é melhor”, afirma Jurandir Sell Macedo, consultor de finanças pessoais do Itaú Unibanco e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Mário Avelino, presidente do Instituto FGTS Fácil, é ainda mais enfático: “Recomendo que assim que alguém tiver oportunidade de resgatar recursos do seu FGTS, que o faça. No fundo, o dinheiro perde valor de compra dia a dia”.
Em tese, qualquer destinação que se dê a esses recursos – de comprar a casa própria a investir em aplicações financeiras – é mais interessante. Dependendo da aplicação, pode haver perdas, mas também é possível ter chances maiores de ganhos.
Foi o que ocorreu, por exemplo, com quem, no início dos anos 2000, destinaram até 50% de seu FGTS a fundos que aplicavam em ações de Petrobras e Vale. De 2000 para cá, mesmo com as perdas que ocorreram pelo caminho, os fundos Petrobras renderam cerca de 300%, enquanto o FGTS não rendeu nem 90%; os da Vale superaram os 700% desde 2002, enquanto que o FGTS não chegou a render 80%.
Contudo, há alguns cuidados a se observar. Jurandir Macedo lembra que o FGTS é uma reserva de emergência para momentos de necessidade, como desemprego ou doenças graves na família. Portanto, quem puder resgatar os recursos do fundo deve empregá-los com sabedoria, para investimentos ou para as suas necessidades.
Essa é a mesma visão do consultor financeiro e fundador da Academia do Dinheiro Mauro Calil: “Se você não for usar o dinheiro para viajar, trocar a televisão ou gastar no shopping, aí sim, vale a pena resgatá-lo”, diz Calil.
Fonte Exame




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