domingo, 10 de novembro de 2013

Financiar imóvel na Caixa nem sempre é mais barato; compare

Simulação mostra que tarifas e seguros da Caixa podem tornar financiamento 90 mil reais mais caro do que em bancos privados.

Miniaturas de casas em meio a moedas
Miniaturas de casas em meio a moedas: financiamentos devem ser comparados pelo Custo Efetivo Total, e não pelos juros.

São Paulo - São Paulo – Quando o assunto é financiamento de imóveis, a imagem daCaixa automaticamente vem à cabeça de muita gente. Mas, apesar de o banco realmente ter algumas das taxas de juros mais vantajosas do mercado, quando outros custos são incluídos, o valor final do financiamento pode ser mais de 90 mil reais mais barato nos bancos privados.
Essa é a conclusão de uma simulação realizada a pedido de EXAME.com pelo site de comparação de produtos financeiros Canal do Crédito, que comparou os custos de financiamentos realizados na Caixa e em bancos privados em um prazo de 30 anos. 
Os financiamentos foram simulados para um imóvel de 500 mil reais, que entra no Sistema Financeiro de Habitação (SFH), e outro de 1 milhão de reais, que fica de fora do sistema. O SFH é um sistema de financiamento regulado pelo Banco Central por meio do qual os bancos utilizam recursos da poupança e do FGTS para quem contrai financiamentos de até 750 mil reais. Pela maior regulação, os financiamentos pelo SFH costumam ter taxas menores.
Veja nos quadros a seguir a comparação entre os custos dos financiamentos realizados na Caixa e dos financiamentos mais baratos encontrados pelo Canal do Crédito para os bancos privados BradescoHSBCItaú e Santander
Imóvel de 500 mil reais
Banco
Com pacote de serviços? 
JurosCusto Efetivo Total1ª Prestação Valor do principal Valor pago com jurosSeguros e taxa de adm.Total
CaixaNão8,85%9,65%R$ 4.105,15R$ 400.000,00R$ 512.024,85R$ 62.692,51R$ 974.717,36
Sim8,30%9,10%R$ 100.000,00R$ 400.000,00R$ 481.333,82R$ 62.692,51R$ 944.026,33
Bancos Privados (melhores condições entre Itaú, Bradesco, HSBC e Santander)Não8,90%9,62%R$ 4.140,43R$ 400.000,00R$ 511.954,63R$ 45.626,60R$ 957.581,23
Sim8,40%9,12%R$ 100.000,00R$ 400.000,00R$ 486.926,32R$ 45.626,60R$ 932.552,92
Imóvel de 1 milhão de reais

BancoCom pacote de serviços? JurosCusto Efetivo Total1ª PrestaçãoValor do principal
Valor pago com juros

Seguros e taxa de adm.Total
CaixaNão9,40%10,06%R$ 8.498,77R$ 800.000R$ 1.085.143R$ 107.385,06R$ 1.992.528,08
Sim8,60%9,27%R$ 200.000R$ 800.000R$ 996.180R$ 107.385,06R$ 1.903.565,57
Bancos Privados (melhores condições entre Itaú, Bradesco, HSBC e Santander)Não9,50%10,14%R$ 8.624,85R$ 800.000R$ 1.096.217R$ 82.253,20R$ 1.978.470,75
Sim8,80%9,44%R$ 200.000R$ 800.000R$ 1.018.480R$ 82.253,20R$ 1.900.733,32
*Fonte: Canal do Crédito
**Para ambas as simulações foi usado o perfil de uma pessoa entre 36 a 40 anos, mas no primeiro caso a renda mensal considerada foi de 15 mil reais e no segundo de 30 mil reais. Na primeira simulação foi considerada uma entrada de 100 mil reais e na segunda de 200 mil reais. 
***Os financiamentos foram simulados pelo Sistema de Amortização Constante (SAC), no qual o valor amortizado mês a mês é constante, mas no início do financiamento são pagos mais juros do que no final, o que faz com que as parcelas diminuam com o tempo.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Imóveis à venda sobem 6,6% acima da inflação em 2013

Valorização do preço médio do metro quadrado anunciado supera com folga a inflação pelo IPCA neste ano, mas em algumas cidades altas já são inferiores ao índice.


Orla do Leblon e de Ipanema, na zona sul carioca: o metro quadrado mais caro do país
Orla do Leblon e de Ipanema, na zona sul carioca: bairro mais caro do país teve retração de preço anunciado pelo segundo mês seguido

São Paulo – O Índice FipeZap Ampliado, indicador que acompanha a variação dos preços dos imóveis anunciados para venda em 16 cidades brasileiras, registrou um aumento no preço médio do metro quadrado anunciado de 1,3% em outubro, um pouco acima da alta de 1,2% de setembro. No acumulado do ano, a elevação do preço do metro quadrado anunciado para venda já chega a 11,3%, ou 6,6% acima da inflação do período medida peloIPCA, índice oficial do governo.
As maiores altas do mês ficaram com os imóveis à venda em Belo Horizonte (+3,70%) e Curitiba (+3,50%). Já Vitória (+0,1%), Salvador (+0,2%), Niterói (+0,5%) e Distrito Federal (+0,5%) tiveram os menores aumentos no preço médio do metro quadrado anunciado, abaixo inclusive da inflação que o mercado projeta para outubro, de 0,6%, segundo o Boletim Focus do Banco Central.
A capital paulista teve uma alta forte em outubro, de 1,2%. No Rio, a valorização foi um pouco mais modesta, de 0,9%, porém maior que a alta do mês anterior. De acordo com o relatório do Índice FipeZap Ampliado de outubro, o Leblon, bairro mais caro do país, viu retração no preço do seu metro quadrado anunciado pelo segundo mês consecutivo, de 22.084 reais para 21.886 reais.
Em outubro novamente nenhuma cidade viu retração nos preços pedidos pelos donos de imóveis. Curitiba continua sendo a cidade que mais puxa o Índice FipeZap Ampliado para cima, com uma alta de 38,4% em 12 meses.
Veja na tabela o desempenho de cada cidade no Índice FipeZap de outubro. Todas as 16 cidades compõem o Índice FipeZap Ampliado, lançado no início deste ano. Sete dessas cidades, em negrito, já compunham o Índice FipeZap Composto, existente desde 2010.
RegiãoVariação mensal Outubro/13Variação mensal Setembro/13Em 12 mesesNo ano
Belo Horizonte3,70%1,40%9,10%6,80%
Curitiba3,50%3,80%38,40%33,20%
Florianópolis1,90%1,50%15,20%13,10%
Porto Alegre1,50%1,40%14,90%12,30%
Fortaleza1,40%1,60%10,60%11,00%
Recife1,40%1,30%12,20%11,30%
São Caetano do Sul1,30%1,80%10,70%9,40%
Índice FipeZap Ampliado (16 cidades)1,30%1,20%13,40%11,30%
São Paulo1,20%1,20%13,40%11,20%
Índice FipeZap Composto (7 cidades)1,20%1,10%12,40%10,30%
São Bernardo do Campo1,10%1,00%9,10%8,10%
Santo André0,90%1,30%11,50%9,90%
Rio de Janeiro0,90%0,80%14,70%12,50%
IGP-M0,81%*1,50%5,22%*4,54%*
Vila Velha0,70%1,10%11,90%10,60%
IPCA0,57%*0,35%5,84%*4,38%*
Distrito Federal0,50%0,80%4,70%3,30%
Niterói0,50%0,20%9,00%7,00%
Salvador0,20%0,80%13,60%9,90%
Vitória0,10%1,50%14,50%12,70%
Fontes: Índice FipeZap e Banco Central
(*) Estimativa