segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Valor máximo de imóvel pago com FGTS sobe para R$ 750 mil

Governo anuncia elevação do teto para compra à vista ou financiamento de imóveis com recursos do FGTS

Prédios
Prédios: teto de R$ 750 mil valerá para alguns estados, como SP e RJ; nos demais estados, teto será de R$ 650 mil

São Paulo - O governo elevou, nesta segunda-feira, o valor máximo dos imóveis que podem ser pagos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de 500 mil reais para 750 mil reais.
A decisão tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) determina que o novo teto valerá para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Distrito Federal, "dadas as características do mercado imobiliário nessas Unidades da Federação". Nos demais estados, o novo limite será de 650 mil reais.
A elevação do teto valerá tanto para imóveis quitados à vista com o saldo do FGTS quanto para financiamentos dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), que costuma ter juros menores.
O CMN estabelece ainda que o valor do financiamento não seja superior a 80% do valor de avaliação do imóvel. A exceção fica por conta dos financiamentos que prevejam a utilização do Sistema de Amortização Constante (SAC), quando esse percentual pode chegar a 90% do valor de avaliação do imóvel.
Os recursos do FGTS podem ser usados para pagar o imóvel residencial do trabalhador na cidade onde ele mora ou trabalha, desde que ele não tenha outro imóvel em seu nome nesta cidade ou municípios vizinhos. O imóvel precisa ser usado para a moradia do trabalhador.
Fonte: Estadão

domingo, 29 de setembro de 2013

Financiamento imobiliário passa crédito pessoal em agosto.

O saldo do crédito para a compra da casa própria pelas famílias ultrapassou o crédito pessoal, em agosto, de acordo com os dados do Banco Central.

Feirão da Casa Própria
Feirão da Casa Própria: no mês passado, o saldo do financiamento imobiliário para pessoas físicas ficou em R$ 314,896 bilhões.

Brasília – O saldo do crédito para a compra da casa própria pelas famílias ultrapassou o crédito pessoal, em agosto, de acordo com os dados do Banco Central (BC), divulgados hoje (27).
No mês passado, o saldo do financiamento imobiliário para pessoas físicas ficou em R$ 314,896 bilhões. Em agosto de 2012, esse saldo estava em R$ 233,154 bilhões.
Já o crédito pessoal, incluídas operações consignadas em folha de pagamento, direcionado ao consumo, chegou a R$ 311,515 bilhões, em agosto deste ano, contra R$ 270,538 bilhões em igual mês de 2012.
Apesar dessa expansão do crédito imobiliário, o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel, espera moderação, no médio prazo.
Maciel também destacou que as famílias estão deixando uma despesa de consumo, o aluguel, para adquirir a casa própria. “Tem um aspecto social relevante é que o fato de as famílias estarem constituindo patrimônio. Estão trocando uma despesa de consumo por uma despesa de investimento”, disse.
Fonte: Exame

domingo, 22 de setembro de 2013

Crédito imobiliário da Caixa acumula alta de 40% no ano

O volume atingiu R$ 95 bilhões até a primeira quinzena de setembro.

Feirão Caixa da Casa Própria 2013, na capital paulista
Feirão Caixa da Casa Própria 2013: autoridade da Caixa avaliou que a curva de alta da Selic não deve prejudicar o financiamento imobiliário.
São Paulo - O vice-presidente de habitação e governo da Caixa Econômica Federal, José Urbano Duarte, afirmou nesta quinta-feira, 19, que o volume estimado ao financiamento imobiliário no acumulado deste ano, até a primeira quinzena de setembro, atingiu R$ 95 bilhões, o que mantém em 40% a alta sobre igual período de 2012.
Duarte ratificou a estimativa conservadora da Caixa em liberar R$ 130 bilhões em recursos para o setor em 2013, alta de 25% sobre 2012, mas voltou a admitir ser possível um crescimento de 30% entre os períodos.
"No último trimestre pode haver uma queda nesse nível de crescimento de 40%, porque a base de comparação com 2012 é maior e a contratação pode superar em 30% a do ano passado. Mas somos conservadores e a base de crescimento ainda é para os R$ 130 bilhões", afirmou o executivo, após o Fórum Estadão Regiões, na sede do Grupo Estado, na capital paulista.
Duarte avaliou que a curva de alta da taxa básica de juros (Selic) não deve prejudicar o financiamento imobiliário, pois uma das fontes de recursos para o setor, a poupança, tem regras específicas que garantem o rendimento ao aplicador, com remuneração em 6,17% ao ano, quando a Selic supera os 8,5% ao ano. "Um investimento de longo prazo já prevê essa variação da poupança, e a outra fonte de recursos para o crédito imobiliário, o FGTS, não tem o impacto da Selic."
O vice-presidente de habitação e governo da Caixa Econômica Federal afirmou também que a inadimplência segue estabilizada em 1,7% do contratado e que "a relação entre a dívida e garantia permanece estável há dez anos e dá sustentabilidade ao financiamento".
Fonte: Estadão.

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Sai mais barato doar um imóvel ou o equivalente em dinheiro?

Pai quer vender um imóvel para que filha possa comprar outro em seu nome, mas não sabe se doa o imóvel antes da venda ou a quantia resultante da venda.

Mão segura chaves
Chaves: como o imóvel será vendido de qualquer forma, os impostos que incidem são os mesmos nas duas hipóteses

Dúvida da internauta: Meu pai tem um apartamento que está em fase final de negociação para ser vendido. Ele quer me doar esse dinheiro para que eu possa comprar outro imóvel. Qual o procedimento menos oneroso para fazer essa transferência de valores: me doar o imóvel antes da venda para que eu possa vendê-lo, ou vender o imóvel primeiro para depois me doar o dinheiro?
Resposta de Rodrigo da Cunha Pereira*:
No caso em questão, ocorrerá a incidência de dois impostos: imposto sobre o ganho de capital, que é devido à União e cuja alíquota de 15% incide sobre a diferença entre o valor da venda e o valor pelo qual o bem tiver sido declarado na última Declaração de Ajuste Anual de Imposto de Renda; e o imposto sobre a doação do dinheiro ou do imóvel à filha (ITCMD ou ITD), que é de competência estadual.
Importante ressaltar que existem hipóteses de isenção de pagamento do imposto sobre o ganho de capital, as quais podem ser verificadas no site da Receita Federal.
A transferência do imóvel para a filha por meio de doação ensejará o pagamento do chamado Imposto sobre a Transmissão Causa Mortis e Doações (ITCMD, também conhecido como ITD), cuja alíquota varia entre os estados da federação. Em Minas Gerais, por exemplo, equivale a 5% do valor do bem doado.
Se a venda for feita pelo pai e este doar o dinheiro à filha, o ITCMD também será devido. Porém, será mais difícil a Receita Estadual descobrir a transação e realizar a tributação. Um incoveniente será a filha justificar a origem do dinheiro na próxima declaração de IR. Ressalto que a não declaração dessa doação configura sonegação fiscal.
Concluindo, se as transferências, seja de imóvel ou dinheiro, forem feitas conforme determina a lei, com o recolhimento dos respectivos impostos, não haverá diferença de ônus entre as modalidades apresentadas.
(*) Rodrigo da Cunha Pereira é advogado, doutor e mestre em Direito Civil e Presidente do Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM).
Fonte: Exame

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Os bancos com os melhores juros de financiamento imobiliário

A Caixa nem sempre é o banco que tem a taxa de juros média mais barata para o financiamento habitacional, segundo o Banco Central.

Casa com dinheiro
Casa e dinheiro: as regras para o financiamento variam de acordo com o valor do imóvel

São Paulo – Existem diferentes modalidades de financiamento de imóveis no Brasil, que fazem com que as taxas de juros sigam regras distintas. Imóveis de até 500 mil reais podem ser financiados dentro do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), com taxas de juros mais em conta, porque são reguladas; acima desse valor, o financiamento só pode ser feito fora do SFH, e as taxas de juros podem ser mais altas.
Além disso, pode haver dois tipos de cobrança de juros: as linhas pré-fixadas têm juros acordados no ato da contratação e permanecerão as mesmas até o fim do financiamento; já as linhas pós-fixadas têm uma taxa de juro prefixada e corrigida pela variação da Taxa Referencial (TR), que será tanto maior quanto maior for a taxa básica de juros (Selic) no Brasil.
Desde 2012, a TR mensal tem ficado próxima de zero, o que favorece as linhas pós-fixadas. Mas quando há perspectiva de alta nos juros, quem contrata esse tipo de financiamento pode ficar prejudicado.
Ainda assim, o crédito imobiliário é uma das linhas mais em conta do Brasil. As condições também podem variar de acordo com o relacionamento do cliente com o banco. Veja nas tabelas a seguir quais, dentre os grandes bancos, cobram as maiores e as menores taxas de juros médias de financiamento imobiliário em cada tipo de contrato, de acordo os dados passados pelas próprias instituições financeiras ao Banco Central:
Dentro do SFH, com taxa de juros pré-fixada:
InstituiçãoTaxa de juro ao mês (%)Taxa de juro ao ano (%)
Santander0,8310,45
Itaú Unibanco0,8510,72
Caixa0,9111,48
Banco do Brasil0,9411,89
Dentro do SFH, com taxa de juros corrigida pela TR (pós-fixada):
InstituiçãoTaxa de juro ao mês (%)Taxa de juro ao ano (%)
Caixa0,475,78
Banco do Brasil0,577,12
HSBC0,688,44
Santander0,688,47
Bradesco0,698,58
Itaú Unibanco0,789,82
Fonte: Banco Central
Período: Agosto de 2013

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Ao comprar imóvel na planta, devo pagar parcelas adiantadas?

Internauta quer saber se vale a pena pagar parcelas da compra do imóvel ou deixar para quitá-las na entrega das chaves.

Prédio em construção
Prédio em construção: pondere riscos e liquidez antes de adiantar parcelas.

Dúvida do internauta: Durante o período de construção de um imóvel, é melhor pagar as parcelas corrigidas pelo Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) à construtora, ou investir em renda fixa ou poupança para abater o saldo na entrega das chaves?
Resposta de Ulisses Nehmi*:
Normalmente existem duas fases distintas na compra de imóvel ainda em construção: a fase da construção e a fase após a entrega das chaves. Na primeira fase, normalmente existe um cronograma definido no contrato com os valores e datas de vencimento de cada parcela, que são corrigidas pelo INCC. Na segunda fase, o saldo remanescente é financiado com uma taxa de juros e correção por um índice de inflação. A pergunta do internauta foca na primeira fase, ou seja, durante a construção do imóvel e se vale a pena adiantar os pagamentos ou investir.
Na fase de construção, é provável que a construtora ofereça algum desconto para adiantar o pagamento, além de evitar mais correções pelo INCC. Para saber qual retorno é melhor, basta somar este desconto ao INCC esperado para as parcelas e comparar com o retorno esperado para o investimento em renda fixa ou poupança. Um ponto de atenção: nesta comparação, deve-se deduzir os impostos sobre os ganhos do investimento. Parar por aqui, no entanto, seria uma abordagem muito superficial. No caso do adiantamento à construtora ser mais vantajoso financeiramente, outros dois aspectos importantes ainda devem ser considerados: liquidez e risco.
Se o internauta já possuir numa reserva de emergência a parte dos recursos que seriam utilizados para o adiantamento, não haveria nenhuma restrição de liquidez em adiantar os pagamentos à construtora. Por outro lado, se esses forem os únicos recursos do internauta, talvez seja conveniente manter esses recursos (ou parte deles) consigo para eventuais necessidades pontuais de liquidez. Buscar recursos numa emergência pode custar muito mais caro.
Em relação ao risco, é importante lembrar que o imóvel ainda está em construção. Assim, o internauta está sujeito ao risco da construtora (ex.: falência) e da execução da obra (ex.: atrasos, etc). Ao adiantar o pagamento, o internauta aumenta o seu risco junto à construtora e reduz o seu poder de barganha para enfrentar eventuais problemas que possam surgir na execução da obra.
Fonte: Exame

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Quando você pode sacar o FGTS - e por que o resgate compensa

Conheça as situações em que as pessoas têm direito ao resgate dos recursos e por que sempre vale a pena fazer o saque integral, quando possível.

Carteira de Trabalho sobre anúncios de empregos
Carteira de trabalho: FGTS pode ser sacado em caso de demissão sem justa causa, compra de imóvel, entre outras condições.

São Paulo – Há poucas situações em que se pode sacar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). O fundo serve como uma espécie de seguro para quem  é demitido sem justa causa ou que passa por situações difíceis.
Por outro lado, sua rentabilidade de 3% ao ano mais Taxa Referencial (TR) é tão baixa que a perda do poder de compra desse dinheiro frente à inflação tem sido inevitável.
Em função disso, cabe questionar: vale a pena resgatar os recursos do FGTS integralmente sempre que possível? Em que casos?
Especialistas são unânimes: sim, se você puder, resgate
Com uma rentabilidade tão baixa, o FGTS perde até da inflação. De setembro de 2012 a agosto de 2013, a inflação oficial (IPCA) foi de 6,98%. Já o FGTS rendeu 3% mais uma TR acumulada de 0,0209% no período, metade da inflação.
É menos que a mais tradicional e conservadora das aplicações financeiras do Brasil, a caderneta de poupança, que recentemente voltou a render 0,50% ao mês mais TR, o que totaliza, pelo menos, 6,17% ao ano.
“Do ponto de vista financeiro sempre é vantagem resgatar, porque na caderneta de poupança, com risco idêntico, a rentabilidade já é melhor”, afirma Jurandir Sell Macedo, consultor de finanças pessoais do Itaú Unibanco e professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
Mário Avelino, presidente do Instituto FGTS Fácil, é ainda mais enfático: “Recomendo que assim que alguém tiver oportunidade de resgatar recursos do seu FGTS, que o faça. No fundo, o dinheiro perde valor de compra dia a dia”.
Em tese, qualquer destinação que se dê a esses recursos – de comprar a casa própria a investir em aplicações financeiras – é mais interessante. Dependendo da aplicação, pode haver perdas, mas também é possível ter chances maiores de ganhos.
Foi o que ocorreu, por exemplo, com quem, no início dos anos 2000, destinaram até 50% de seu FGTS a fundos que aplicavam em ações de Petrobras e Vale. De 2000 para cá, mesmo com as perdas que ocorreram pelo caminho, os fundos Petrobras renderam cerca de 300%, enquanto o FGTS não rendeu nem 90%; os da Vale superaram os 700% desde 2002, enquanto que o FGTS não chegou a render 80%.
Contudo, há alguns cuidados a se observar. Jurandir Macedo lembra que o FGTS é uma reserva de emergência para momentos de necessidade, como desemprego ou doenças graves na família. Portanto, quem puder resgatar os recursos do fundo deve empregá-los com sabedoria, para investimentos ou para as suas necessidades.
Essa é a mesma visão do consultor financeiro e fundador da Academia do Dinheiro Mauro Calil: “Se você não for usar o dinheiro para viajar, trocar a televisão ou gastar no shopping, aí sim, vale a pena resgatá-lo”, diz Calil.
Fonte Exame




segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Imóvel de 1 quarto é mais popular que o de 3 quartos em SP

Conheça o perfil de quem procura imóveis de um quarto, tipo cada vez mais popular na cidade de São Paulo.

Casal assiste televisão
Casal: jovens casais sem filhos buscam primeiro imóvel de um dormitório.

São Paulo – Os apartamentos de apenas um dormitório estão cada vez mais populares na cidade de São Paulo. De acordo com o balanço do primeiro semestre do mercado imobiliário paulistano, publicado pelo Secovi-SP, os imóveis de um quarto ficaram em segundo lugar tanto entre os mais lançados quanto entre os mais vendidos, superando os apartamentos de três quartos. A mudança no estilo de vida da população é um dos fatores que explicam esse boom, mas os investidores também ficam de olho nessas unidades.
Segundo o boletim do Secovi-SP, foram lançadas 3.600 unidades de um dormitório na cidade de São Paulo no primeiro semestre, quantidade que perde apenas para as 5.700 unidades de dois quartos lançadas no período. Em terceiro lugar vieram os imóveis de três quartos, com 3.300 unidades lançadas.
A procura dos compradores também é grande. Foram vendidas 4.100 unidades de um quarto no primeiro semestre, perdendo apenas para as 7.800 unidades de dois quartos vendidas no período. De imóveis de três quartos foram vendidas 3.800 unidades.
Quem são os compradores?
Segundo Stefan Neuding Neto, vice-presidente executivo da Stan Desenvolvimento Imobiliário, incorporadora que costuma desenvolver empreendimentos com unidades compactas, quem procura esse tipo de imóvel são basicamente três tipos de compradores: os investidores, que pretendem auferir renda com o aluguel da unidade; os casais sem filhos que compram seu primeiro imóvel; e os solteiros e divorciados que buscam viver sozinhos.
Para quem compra para alugar, como investimento, o apartamento de um quarto é, atualmente, o que oferece o melhor retorno, considerando-se o custo do investimento. Segundo dados do Índice FipeZap, o retorno com aluguel dos imóveis de um quarto na cidade de São Paulo estava, em agosto, em 0,50% ao mês, contra 0,47% dos de dois quartos e 0,44% dos de três ou mais quartos. Lembrando que essa rentabilidade é corrigida anualmente pela inflação.
Do lado de quem compra para morar, os apartamentos de um quarto acabam servindo a uma nova face da população brasileira: as famílias que encolheram, o maior número de idosos (viúvos ou cujos filhos já saíram de casa) e o crescente número de pessoas que vivem sozinhas.
Fonte: Exame

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Lançamento de imóvel residencial cai 23,1%, diz Secovi-SP

Os lançamentos de imóveis residenciais na capital paulista somaram 1.403 unidades em julho.

Prédios no bairro do Sacomã, em São Paulo
Prédios no bairro do Sacomã, em São Paulo: durante o mês de férias, há um arrefecimento já esperado no setor
São Paulo - Os lançamentos de imóveis residenciais na capital paulista somaram 1.403 unidades em julho, 23,1% abaixo do mesmo mês de 2012 e 60,7% inferior ao resultado de junho, de acordo com pesquisa divulgada há pouco pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP).
Em julho, houve uma desaceleração no mercado imobiliário explicada por fatores sazonais, segundo o sindicato. Durante o mês de férias, há um arrefecimento já esperado no setor. Os resultados de 2013, por outro lado, mostram expansão na comparação com 2012.
No acumulado dos primeiros sete meses do ano, os lançamentos chegaram a 15.386 unidades, 39,3% mais que no mesmo período do ano passado.
As vendas de imóveis residenciais novos em São Paulo totalizaram 1.674 unidades em julho, volume 0,9% inferior ao registrado no mesmo período de 2012. Na comparação com junho, a queda foi de 56,8%. O valor movimentado com as vendas atingiu R$ 857,9 milhões em julho, recuo de 6,3% ante o mesmo mês do ano passado, considerando valores já atualizados.
No acumulado dos primeiros sete meses de 2012, foram vendidas 19.174 unidades, aumento de 40,3% comparado ao mesmo período de 2012. Em valores, as vendas já atingiram R$ 11,56 bilhões, alta de 54,6%.
A velocidade de vendas - medida pela razão entre o total de unidades comercializadas e o total de unidades lançadas nos últimos 12 meses - foi de 65,5% em julho, acima dos 64,9% de junho e dos 56,7% de dezembro.
Diante do crescimento do mercado visto ao longo do ano, o Secovi-SP projeta expansão de 30% nas unidades vendidas em 2013.
Fonte: Exame

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Preço do imóvel pronto sobe o dobro da inflação

Em 12 meses até agosto, o aumento acumulado foi de 12,3%, enquanto a inflação oficial no período ficou em 6,15%.

Museu de Arte Contemporânea de Niterói, de Oscar Niemeyer
Museu de Arte Contemporânea de Niterói: um resultado que chamou a atenção foi o comportamento dos preços em Niterói que ficaram praticamente estáveis no mês passado.
São Paulo - O preço de venda do metro quadrado dos imóveis prontos, a maioria usados, e anunciados na internet, subiu, em média, 1,2% em agosto, depois de ter aumentado 1,1% em julho, segundo o Índice FipeZAP. O indicador apura as cotações em 16 cidades. Em 12 meses até agosto, o aumento acumulado foi de 12,3%, praticamente o dobro da inflação do período, medida pelo IPCA-15 (6,15%).
Apesar de a valorização dos imóveis superar de longe a inflação, o coordenador do Índice FipeZAP, Eduardo Zylberstajn, ressalta que os sinais de desaceleração dos preço ficaram mais evidentes em agosto. Para sustentar essa avaliação, ele observa que o índice que considera apenas sete cidades registrou, no mês passado, a mesma variação de julho, isto é, subiu 1% e não houve aceleração em relação ao mês anterior.
Além disso, o economista ressalta que em seis das sete cidades pesquisadas, o preço médio do metro quadrado dos imóveis anunciados subiu menos em agosto. No caso de Belo Horizonte, o preço médio caiu 0,3% no mês passado, a quarta retração consecutiva.
Outro resultado de agosto que chamou a atenção do economista foi o comportamento dos preços em Niterói (RJ), que ficaram praticamente estáveis no mês passado, após um forte período de alta.
Aluguel. No caso dos preços de locação, pesquisados em apenas duas capitais, São Paulo e Rio de Janeiro, Zylberstajn ressalta que eles registraram a primeira queda em três anos no Rio de Janeiro. O preço do metro quadrado para locação recuou 0,01%. "Isso não ocorria desde junho de 2010 (-0,4%)", diz o economista. No mês passado, houve retração nos preços do aluguel dos imóveis de um e quatro dormitórios no Rio de Janeiro, mostra a pesquisa.
Na avaliação de Zylberstajn, o preço do metro quadrado de aluguel é uma referência importante para o mercado imobiliário porque mede a capacidade de pagamento da população. Quando esse preço recua, é sinal de que o poder de consumo está diminuindo. E, para ele, isso está ocorrendo.
"A desaceleração dos preços dos imóveis não é uma surpresa", afirma o economista. Ele lembra que esse movimento é compatível com a conjuntura atual, que ficou mais complicada, com o aumento da taxa básica de juros, inflação e renda. 
Fonte: O Estado de S. Paulo.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Como decidir entre comprar imóvel à vista ou financiado

Conheça os prós e contras de cada opção e veja o que levar em conta ao se planejar para comprar a casa própria.

Família em sua casa nova
Família na casa nova: dar uma gorda entrada e financiar o restante é a dica dos especialistas

São Paulo – Ainda que já tenham sido bem mais altos, os juros no Brasil ainda pesam muito no bolso de quem contrai um financiamento. A dúvida entre financiar ou juntar dinheiro para pagar bem mais barato à vista é frequente, e quando se trata da compra de um imóvel, a ideia de pagar quase o dobro do bem ao financiar estremece ainda mais. Você sabe o que levar em conta para tomar essa decisão?
Segundo Fábio Gallo Garcia, professor de finanças da FGV-SP, do ponto de vista financeiro, poupar para pagar à vista é sempre melhor do que financiar e pagar juros. “Não há cálculo financeiro que desminta isso”, diz o professor. Isso pelo simples fato de que, no primeiro caso, você recebe juros e paga bem menos pelo bem. O problema é que nem só de teoria financeira vive o homem.
Imóveis são bens de alto valor, e poupar para comprá-los à vista pode ser muito demorado. Por isso, a sugestão dos especialistas é fazer um híbrido de poupança com financiamento. Ou seja, poupar com inteligência para dar uma gorda entrada e financiar o restante.
Por um lado, os imóveis nas principais cidades brasileiras estão caros para a maioria das pessoas, pois se valorizaram muito nos últimos anos. Embora muitos falem em bolha imobiliária, a percepção geral do mercado é de que os imóveis continuarão se valorizando, só que modestamente. Assim, não só a formação de poupança para comprar à vista levaria muito tempo, como o poupador teria que correr atrás das eventuais altas de preços.
Por outro lado, por mais baixos que sejam em comparação a outras linhas de crédito, os juros do financiamento imobiliário no Brasil ainda são altos. O valor total da compra será de quase o dobro do preço do imóvel. Em simulação feita a pedido de EXAME.com, a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra quanto realmente custa a compra de um imóvel de 300 mil reais, com 30% de entrada e 210 mil reais financiados, para serem pagos em 30 anos. O sistema de amortização utilizado foi a Tabela SAC.
Fonte: Exame